terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Pelas terras de Oz


por ali, ia contando os passos.

sabia que precisava deles. um após o outro.
às vezes, preferia acelerar. correr.
outras, voltar. caminhar de novo aqueles sentidos.
e brincar com eles. dançando.

não sabia a direção. apenas a cor.
era preciso sentir para ir.
e ir. para sentir-se. ser.

pelas curvas, encontrava-se de múltiplos.

era. sem pensar.
apegara-se aos sentidos.
esquecera as racionalidades.
sentia-se. espanto.

em outros passos. escondia-se.
de si e do ciclo.
de outrora em dores.
de vida. do risco.
sentia-se. felino.

ao dançar, desengonçada.
lhe faltava por dentro.
congelara o batimento. em eco.
sentia-se. lata.

e de tantos passos, buscava.
em mágica.
e desencontrar o que estava por ali.

e só em si, era magia.
de suas fadas internas. boas e más.
de seus sapatos de sonhos. encantados.

.
.
.

era hora de deixar os tijolos amarelos para trás.

saltar do alto.
e dar ao coração.
a coragem da alma.

em liberdade.

(Amanda Oliveira)

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