domingo, 23 de outubro de 2011

A árvore

Árvore solitária no meio do pátio
Prisão de concreto é teu triste estado
Senão o vento quem refresca tua copa?
E senão a chuva quem é que te molha?
Quando o outono, quem te vê enquanto desfolhas?
E quem recolhe tuas folhas?
Árvore solitária, cela de arames,
O homem come de teus frutos
E descansa em tua sombra.
O poeta descreve teu lamento
Em tuas irmãs mortas.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

TODO VAZIO CONTÉM UM CONJUNTO

Vazio? O que é se sentir vazio numa noite de sexta-feira
Em um quarto quase vazio onde nada se vê?

Seria um sinônimo para angustia ou será que é depressão?
Talvez seja saudade de quando não sentia saudade.
Verdade, talvez. Época em que,
Existia o desejo de que o tempo corresse.

Será que o vazio não lhe faz torcer
Para que o tempo passe logo?
Essa ânsia pelo girar mais rápido do ponteiro tenha,
Quem sabe, motivos diferentes de outra - hora.

Pode ser desejo em ir? Ou melhor pensado,
Não é falta de algo? Mas, algo? Como? Será?
Música, pessoa, carinho, cama,
Aconchego, sono, café da manhã, família.

Existem tantas coisas que fariam sentido nesse vazio.
Realmente, vazio nesse sentido faria com que tantas coisas existissem,
Assim como, enxergar coisas até mesmo num quarto
Quase vazio onde o nada se vê.

Tiago Mendonça da Costa (Grafunjo)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

"Moro com loucos e gênios
Durmo com desejos e acordo com idéias
Penso palavra e vejo poesia
me inspira o encontro da nossa coletividade
E com eles divido meus sonhos
seres que se não existissem os inventaria.”

[Lídia; lidiadamasceno1@gmail.com; Coletivo Difusão; Manaus – AM]

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Parto 
(...)
É a renovação que se concretiza no findo
Ciclo!
De um tanto quadrado
Reflexivo confuso, e.
Exaustivos desejos
e fruição de querência...

E produção pequena,

Mas depois que se mortifica em não escrever
Renasce para inspirar
a desvairada

... de platônicas à platônicas
As realizáveis paixões
se degradam com o medo.
De ser eterno
de nada durar
Além da náusea e do frívolo amor.

Sagrado sexo.
Profano amor.



 (Glória Haydée)