domingo, 27 de fevereiro de 2011

No espelho

De frente ao espelho me vejo
Do mundo me esqueço
Somos eu e o espelho
Sintonia num reflexo estreito

É ai que percebo...
Que dentro do espelho
As coisas ocorrem ao contrário
Escuro é claro

Tristeza é sorriso
Inimigo é amigo
E dor é amor

Sublime espelho
Coisas que não esqueço
Despertam a utópica vontade de viver em ti. Espelho...

[Guilherme Antônio Rosa Santos]

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Uma Idéia

Uma idéia...
Livra-te de qualquer perigo
Alimenta-te pelo umbigo
Faz-me ficar contigo

Uma idéia...
Mantém o cérebro funcionando
O coração sempre amando
A voz afinada cantando

Uma idéia...
Faz-te enxergar melhor
E nunca vir a ser o pior
Faz-te aprender as notas de cor

Uma idéia...
Massageia tua alma
Alivia o teu mais temido trauma
Faz com que, eu em pé, pra ti bata palmas
(Isloanne Araujo)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Hipocrisia



Esse mundo religioso
Até hoje só nos mostrou guerras
Incompreensão até o limite da natureza
Idiotices que não levam a nada

Essa hipocrisia, essa morte
Tudo isso de nada se aproveita
Devia se jogar tudo fora
E viver em um mundo natural
Sem tantas ordens tolas

O trem maluco
Vamos é isso aí
Tire as vendas dos olhos
Viva e deixe pra trás o que te impede

Ainda há tempo
Sempre existe tempo
Mas se o tempo somente passar
A farsa continuará tomando conta

Arrase, destrua, triture
Exploda, quebre, rasgue
Aquilo que não importa
Aquilo que te impede de viver
Aja!
(Igor Rios).

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Versos de Outrora: Vertigem no vôo místico

Prólogo:

Guilherme Antônio Rosa Santos, vinte e dois anos, protagonista de sua própria historia.

Ao ouvir de um amigo contos de um mundo fantástico resolve partir de sua casa em busca dessa fantasia.
                Outrora era o local, após decidir livrar-se de quase tudo o que sua mente e coração apegavam, partiu sozinho... Ao chegar lá acometido de enorme exaustão depara-se com uma grande festa que ocorria. E subitamente quando deu conta de si mesmo já fazia parte da festa e o povo que participava da celebração já o tratara como cidadão honorário de Outrora.
                Foi uma grande recepção... Ate que decidiu experimentar o que os donos daquele mundo chamavam de vôo místico. Mal sabia ele o que o vôo místico lhe reservara...



Versos de outrora: Vertigem no vôo místico

De repente os gritos
Que agonia sombria
Alterando todos meus sentidos
Precisava de água fria

Bananeiras se insinuavam para mim
Como fui ficar tão louco assim?
O doce tornou-se amargo
A viagem um grande fardo

Era apenas o começo
Vi tanta coisa que ate hoje não esqueço
Grama verde florescente apavorante
Meia lua horripilante

Eram três da manha
A mente já não estava mais sã
A sede não cessava
 Eu vi... Uma hora a água acaba

Que mundo era aquele
Onde as cores eram vivas
Quem mundo de tristeza e alegria
Criaturas psicodélicas eram minhas amigas

Pare! Eu quero descer!
Seria aquela a hora de morrer?
Sentia-me perturbado
Paisagens voavam e eu lá sufocado

O relógio andou
Amanhecer chegou
Parte da lisérgia cessou
 Em outrora ainda estou

((Guilherme Antônio R. Santos))

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Na Companhia

Tu que estás ai parado!
Por que os braços cruzados?
E estes olhos
por que estão vendados?
Vens!
Caminhas ao meu lado,
e que sigamos armados
Com as balas da indignação
E o nosso coração
pulsará, movido com o sangue da revolta
Agarras esta causa
E não te soltas!
(Isloanne Araujo)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ventos e borboletas

Ventos e borboletas bailam no meu quarto.
Com as luzes apagadas e os olhos fechados,
Sinto os sopros dos ventos e os cantos dos seres
Trazendo-me palavras doces e abraços eternizados.

Sopros de vida, que alimentam a memória
Com as emoções da partida.
Olhares e cheiros guardados,
Para reviver o coração nos momentos de fraqueza.

Lembranças dos cheiros e gostos da madrugada fria,
Que compartilhei com os ventos a bela companhia.
Sentido o prazer dos toques, serenos
E suaves, do seu corpo claro e macio.

Os perfumes se espalham no ar
 E os beijos caem dos céus
Quando paro pra pensar
Nos seres, e nos ventos que chegam sem cessar.
(Ygor Sas)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ardura

"O homem nasceu livre e em todos lugares ele está acorrentado."
Jean-Jacques Rousseau.



Sempre cheios de poder
Donos da verdade
Dizendo-nos o que fazer
Rodeados de maldade.

Pretextos ultrapassados
Mostrando-se certezas
Que de absolutas só as presas
Com gritos silenciados.

Um controle falso
Apenas para vaidade
Impedindo a vontade
Persistindo no percalço.

Pseudo-liberdade
Opiniões cerceadas
Casta mentalidade
Idéias provocadas

Revoltas necessárias
Para destituir de vez posições mandatárias
Cada indivíduo se guiar
Por sua luz a brilhar.
(Igor Rios).