terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Pelas terras de Oz


por ali, ia contando os passos.

sabia que precisava deles. um após o outro.
às vezes, preferia acelerar. correr.
outras, voltar. caminhar de novo aqueles sentidos.
e brincar com eles. dançando.

não sabia a direção. apenas a cor.
era preciso sentir para ir.
e ir. para sentir-se. ser.

pelas curvas, encontrava-se de múltiplos.

era. sem pensar.
apegara-se aos sentidos.
esquecera as racionalidades.
sentia-se. espanto.

em outros passos. escondia-se.
de si e do ciclo.
de outrora em dores.
de vida. do risco.
sentia-se. felino.

ao dançar, desengonçada.
lhe faltava por dentro.
congelara o batimento. em eco.
sentia-se. lata.

e de tantos passos, buscava.
em mágica.
e desencontrar o que estava por ali.

e só em si, era magia.
de suas fadas internas. boas e más.
de seus sapatos de sonhos. encantados.

.
.
.

era hora de deixar os tijolos amarelos para trás.

saltar do alto.
e dar ao coração.
a coragem da alma.

em liberdade.

(Amanda Oliveira)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

CONTROLE

Quem não consegue tampar o nariz
pra chegar ao fundo da piscina?
Quem não agüenta cinco segundos sem respirar
quando assusta com um encontro?
Quem não consegue reprimir o soluço
pra que ele não volte?
Ou quem não consegue prender a respiração
diante do mau hálito alheio?
Experimente piscina sem superfície.
Experimente trombar com assombração.
Experimente espasmos crônicos.
Ou experimente uma pestilência sem fim.
Experimente não ter solução.
Controle é como oxigênio.

(Artur Carneiro Mendes)
http://eununcaacho.blogspot.com/

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Samba Rio


Dos arcos da Lapa,
A ponta do arpuador
Eu vejo o sol
Eu vejo a vida
E vejo o cristo redentor.
Vejo o samba, na avenida
E a morena pulsando de amor.
Vejo o malandro de terno branco
Cantando samba sem ódio e sem dor,
Trazendo a luz do infinito 
E um ramalhete pra mulher que amou.

O samba é bom por natureza,
Foi a beleza que o homem criou,
E entre tantas maravilhas do mundo
Foi O samba que me encantou.


Ygor Sas