O meu
grito é infinito
Atravessa
a noite inteira
E pra
muitos ainda inaudível
Pr’aqueles
de almas vazias
De
almas sem sentidos
De alma
sem sentido
Eu sou
o próprio grito
O grito
dos aflitos
Humilhados
e esquecidos
O grito
dos afoitos
Dos
rebeldes e d/reprimidos
O que
tantas vezes fora engolido
Sou o
grito não mais contido
O grito
de loucos
O grito
de parto
O grito
d’orgasmo
O grito
d’independência
Sou o
grito de aviso
O
alarme de incêndio
O despertador dos
adormecidos.Mike Rodrigues
(BH/Viçosa - MG)